terça-feira, 21 de agosto de 2012

TOC - Entrevista para Bolsa de mulher



O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um distúrbio que atinge muitas pessoas independentemente da idade e gênero. Trata-se de um transtorno de ansiedade no qual se tem crises de obsessão e compulsão. É algo que precisa ser diagnosticado e tratado para que não se torne um problema mais grave futuramente.

A Dra. Magda Vaissman, psiquiatra, explica que hoje se fala em um espectro obsessivo compulsivo, algo maior, porque há outros transtornos associados, como a compulsão por sexo, drogas, comida. 

Há duas classificações para o TOC: o Transtorno Obsessivo Compulsivo Subclínico, no qual os atos de repetição da pessoa não atrapalham a sua vida; e o Transtorno Obsessivo Compulsivo propriamente dito, em que os rituais permanecem até que a pessoa sinta um alívio em relação a essa ansiedade. 

“O TOC é, na verdade, um conjunto de pensamentos ou condutas que forçam a pessoa a pensar em algo ou, quando tem uma compulsão, a fazer algo repetidamente e sem controle”, explica. A Dra. Magda cita alguns exemplos, como quando a pessoa está em um local e vem em sua mente uma imagem obscena que não sai da cabeça de jeito algum. Ou mesmo aquele que começa a ter pensamentos estranhos e incontroláveis sobre si mesmo e não entende o porquê deles.

Ela também fala em relação à compulsão, pela qual a pessoa exerce funções repetidamente. Dra. Magda explica serem rituais físicos, nos quais a pessoa lava as mãos ou toma banho diversas vezes, precisa rezar inúmeras vezes antes de se deitar, repete palavras, e verifica várias vezes se fechou o gás, trancou a porta, desligou o chuveiro. “Se não fizer esses rituais, ela se sentirá angustiada”, afirma. 

“Ainda não há uma descoberta do que provoca o TOC. Não é possível verificar o distúrbio por meio de exames”, comenta a doutora. Ela diz que a pessoa percebe que tem o transtorno porque ele acaba atrapalhando a sua rotina. Os pensamentos estranhos são incontroláveis e dificulta a realização das tarefas. “A pessoa acaba não saindo de casa, não consegue estudar, trabalhar, o rendimento na escola cai. Envolve um grande sofrimento”, aponta. 

O ideal para quem tem esses sentimentos, recomenda a Dra. Magda, é consultar um médico especialista no assunto. “É indicado fazer uma Terapia Cognitiva Comportamental. Hoje também há ótimos medicamentos que ajudam a tratar esses distúrbios, se necessários”, aconselha. 

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